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_Multifuncionalidade ou Especialidade?

18.01.22

Uma das tantas reflexões quando da construção de uma estrutura de cargos e carreira é se os cargos devem ser mais MULTIFUNCIONAIS ou mais ESPECIALIZADOS.

No contexto deste assunto, ter uma posição MULTIFUNÇÃO pressupõe que as pessoas que ocuparão aquele espaço organizacional deverão ser desenvolvidas para um conjunto mais amplo de entregas e, por consequência, terão que buscar um portfólio mais robusto de hard e soft skills.

Já na modelagem ESPECIALIZADA, os profissionais irão se profundar (especialmente tecnicamente) em entregas mais específicas, tornando-se mestres naquela disciplina organizacional e sendo referência para os demais integrantes da equipe ou até mesmo da empresa.

Como em tantos outros assuntos relacionados à gestão de pessoas, não existe o “certo e o errado”. O que a Organização deve fazer é entender onde ela precisa de multifunção ou de especialidade e, especialmente, se ela irá colher algum resultado maior com uma ou outra abordagem.

Vai aqui um exemplo: várias empresas tentaram, com taxa de sucesso quase sempre mínima, tornar polivalente a posição que responde por assuntos de administração de pessoal, entregando a estes profissionais outros subsistemas de RH, como comunicação interna, seleção etc.

Quando isso acontece, temos que dimensionar alguns pontos, como:

– este posto de trabalho terá carga horária disponível para responder com qualidade à outros processos que também exigem foco e aprofundamento, assim como, neste caso, o de processar a folha de pagamento?

– a abrangência das skills, isto é, o quanto que elas são diferentes entre si, a ponto do mesmo perfil profissional conseguir dar conta, entendendo que cada ser humano possui valências e, também, “zonas de sofrimento”?

Por outro lado, sempre que a Organização conseguir direcionar a multifunção para determinadas posições ela terá mais mobilidade e flexibilidade, tanto na preparação dos seus profissionais (tornando-os mais ecléticos), como na mitigação de ausências de colegas em férias, afastamentos etc., onde os demais conseguirão dar a devida cobertura. Importante também observar que algumas organizações podem confundir a multifunção com sobrecarga de trabalho. Este sintoma aparece normalmente quando os orçamentos de pessoal estão reduzidos.

Enfim, um belo tema para reflexão e que, inevitavelmente, estará sempre presente nos debates de estrutura organizacional!

 

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